quinta-feira, 22 de março de 2012
O querer
O que me atrai não são promessas, confissões, razões. Não quero lutar com a força contrária, não quero saber quem é o vencedor. Imposições, cinismos, manias, gritos, nada disso me cativa. Eu quero é sentir o sabor do doce com salgado, quente com gelado. Quero colecionar emoções, amizades, sentimentos e momentos. Eu quero a poesia de cada dia.
sábado, 17 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Depois
Depois é uma palavra que não deveria existir no nosso vocabulário.
Depois a gente vê, depois a gente resolve, depois a gente conversa.
Depois.
Depois fica pra trás, depois vira passado que nunca existiu. Um passado sem futuro. Depois a gente esquece e aquele depois se esvai. Se esvai e depois não volta mais. Depois atrasa o que vem depois.
Depois a gente para pra pensar e já é tarde demais.
Depois que nos damos conta, nada volta atrás.
Até depois.
Depois a gente vê, depois a gente resolve, depois a gente conversa.
Depois.
Depois fica pra trás, depois vira passado que nunca existiu. Um passado sem futuro. Depois a gente esquece e aquele depois se esvai. Se esvai e depois não volta mais. Depois atrasa o que vem depois.
Depois a gente para pra pensar e já é tarde demais.
Depois que nos damos conta, nada volta atrás.
Até depois.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Parecido engano
São elas, seguindo e intrigando. Elas, as
mesmas coisas monótonas de sempre, mostrando o que já sei, o que já vivi.
Quero experimentar, arriscar, entregar, inventar. Fazer cada bom dia ser
diferente, e de cada boa noite, uma satisfação. O repetitivo vira comum, o
comum é fato, o fato perde importância. Não deixemos a vida perder importância,
transformar o pão em migalha é burrice. Nem tudo que parece é, o que não
parece, é. Portanto, descobrir os diferentes sentidos que as coisas podem
apresentar é muitas vezes, viver.
domingo, 11 de março de 2012
Paralisia
Estão faltando horas nas minhas 24 horas. Falta
tempo, sobra tempo, já não sei mais. Acalmo-me quando sobra, apresso-me quando
falta. Nunca sei como agir. Sei, não sei... Vai saber. Moldo-me no tempo
enquanto ele teria de me moldar. Sobra falta de paciência, falta sobra de
paciência. Sobra, falta, apresso, acalmo. No meio do tempo nunca paro, quando
paro nem noto. Nunca paro de ser eu mesma, nunca paro para parar de pensar.
Parar. Ah, o tempo que deveria parar. Nunca sobraria ou faltaria. Seria
certo parar, parar de pensar, parar de ser paciente, parar de ser. Parar para
que sejamos um pouco menos de quem somos quando o tempo não para. Sempre.
sexta-feira, 9 de março de 2012
Mistura
Ser
sem deixar de servir, ser sem se servir de solidão. Ser sozinho para sorrir,
ser amizade, carinho, compaixão. Ser
sabor sem gosto, ser amor com gosto. Ser sempre sua, ser sorte, som, ser pura.
Ser sendo quem é, ser negando a si mesmo. Ser sabendo qual o preço que se paga
para ser alguém que sempre foi, é e será.
Pela metade
Você vê, mas não enxergaEscuta, mas não ouveToca, mas não senteLê, mas não aprendeExiste, mas não vive
O tempo passa e você percebe que ver, escutar, tocar, ler e existir não foi suficiente.
Você foi pela metade.
O tempo passa e você percebe que ver, escutar, tocar, ler e existir não foi suficiente.
Você foi pela metade.
Semente
O tempo fez questão de passar e mais nenhuma lágrima
escorria pelo meu rosto. Os dias mergulhados em pensamento martelavam em minha
cabeça, até que o dei lugar da emoção à razão. Essa ordinária razão que domina o mundo e que me faz diminuir de tamanho toda vez que saio porta de casa afora. Lágrimas que caíam por um modismo insano, o qual me detestava e o ódio era recíproco. Essas gotas de água se dissipavam sobre meu rosto e levavam consigo minha essência e esperança. O verde imaturo da semente esperança esvaíra-se para longe do meu ser. Fiquei do nada assim e assim esperava logo melhorar.
Descobri, então, que estava andando em um conflito comigo mesma, um conflito extremamente destruidor. Queria dizer tanta coisa e acabava calada pelas palavras. No entanto, antes de o mundo ser bom comigo, eu deveria ser boa para mim. Hoje vou na fé, ferindo meus medos e exigindo da razão e do modismo que aceitem o fato de que sou maior que eles.
No fim, a semente há de germinar.
Descobri, então, que estava andando em um conflito comigo mesma, um conflito extremamente destruidor. Queria dizer tanta coisa e acabava calada pelas palavras. No entanto, antes de o mundo ser bom comigo, eu deveria ser boa para mim. Hoje vou na fé, ferindo meus medos e exigindo da razão e do modismo que aceitem o fato de que sou maior que eles.
No fim, a semente há de germinar.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Da existência
Do que eu tenho medo?
Do medo.
Da sociedade.
Tenho medo de não ser feliz,
de viver uma personagem que não ensaiei,
de não atuar no papel principal de minha própria peça.
Tenho medo de quando as cortinas se fecharem, eu esteja na plateia.
Não, eu tenho sede de viver,
vivo cedendo.
Estamos aqui para atuar,
para subir no lugar mais alto do pódio,
para diferenciar-nos um dos outros.
Viva a diversidade,
viva a diversão.
Viva.
Do medo.
Da sociedade.
Tenho medo de não ser feliz,
de viver uma personagem que não ensaiei,
de não atuar no papel principal de minha própria peça.
Tenho medo de quando as cortinas se fecharem, eu esteja na plateia.
Não, eu tenho sede de viver,
vivo cedendo.
Estamos aqui para atuar,
para subir no lugar mais alto do pódio,
para diferenciar-nos um dos outros.
Viva a diversidade,
viva a diversão.
Viva.
Luz, câmera, ação
A vida é mais ou menos uma novela dotada de personagens.
Fazemos do dia
nosso teatro inventado, nosso palco de exposições.
Convivemos com
outras peças e de peças de quebra-cabeça fazemo-nos, num verdadeiro centro de
atenções.
Encaixamo-nos.
Assim passam os
dias, os jogos encaixados se desfazem e nosso teatro de cada dia forma a peça
mais bela.
A vida.
Viver é
moldarmo-nos. E dói.
Dói
simplesmente porque todo esse ensaio mal ensaiado tira o mérito do autor.
O dono do
teatro.
O organizador
da exposição metafórica que invade a mente. E toma conta.
Nós.
Nós, os
culpados de tudo.
Não deveríamos
nos moldar.
Nunca
transfigurarmo-nos noutro ser, que por sua vez, é inventado.
Uma bruta invenção,
falsa. Que nos domina.
Estamos aqui,
então que sejamos o que realmente almejamos para nós.
Exploremos formas, cores, amores e sabores.
Tenho
abstinência disso tudo.
Deixemos de
lado as personagens que vestimos junto com nossas roupas
e sejamos os
protagonistas.
Usemos a
transparência da alma como fantasia.
Só assim,
meu bem,
a essência das
horas minuciosas
que passam por
nós sem dó, o dó emanado
do violão,
servirá como
roteiro
para nossa
própria apresentação.
Luz, câmera, ação.
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