Fazemos do dia
nosso teatro inventado, nosso palco de exposições.
Convivemos com
outras peças e de peças de quebra-cabeça fazemo-nos, num verdadeiro centro de
atenções.
Encaixamo-nos.
Assim passam os
dias, os jogos encaixados se desfazem e nosso teatro de cada dia forma a peça
mais bela.
A vida.
Viver é
moldarmo-nos. E dói.
Dói
simplesmente porque todo esse ensaio mal ensaiado tira o mérito do autor.
O dono do
teatro.
O organizador
da exposição metafórica que invade a mente. E toma conta.
Nós.
Nós, os
culpados de tudo.
Não deveríamos
nos moldar.
Nunca
transfigurarmo-nos noutro ser, que por sua vez, é inventado.
Uma bruta invenção,
falsa. Que nos domina.
Estamos aqui,
então que sejamos o que realmente almejamos para nós.
Exploremos formas, cores, amores e sabores.
Tenho
abstinência disso tudo.
Deixemos de
lado as personagens que vestimos junto com nossas roupas
e sejamos os
protagonistas.
Usemos a
transparência da alma como fantasia.
Só assim,
meu bem,
a essência das
horas minuciosas
que passam por
nós sem dó, o dó emanado
do violão,
servirá como
roteiro
para nossa
própria apresentação.
Luz, câmera, ação.
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